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Hora seca

“Hora seca” consiste na aquisição de pacotes de horas de voo de instrução sem o valor do combustível incluso.

Veja abaixo o que é, como funciona e quais as vantagens?

Quem conhece o funcionamento das aviation schools americanas, já deve ter ouvido falar do termo “dry rental”, que significa que você está pagando pela hora de voo “seca” – isto é: sem incluir o combustível utilizado pela aeronave durante o voo.

Aqui no Brasil, o usual é que se pague o custo total da hora de voo para a instituição, o que nos EUA é conhecido pelo termo “wet rental”.

Mas, há algum tempo, as escolas de aviação vêm colocando como opção a modalidade de “hora seca” no Brasil, de maneira análoga ao “dry rental” americano, o que já é praticado em outros ramos de atividades como aluguel de carros e barcos. E, hoje, isso já representa cerca de 25% dos pacotes de horas de voo de instrução comercializados no mercado de instrução de voo. Este modelo apresenta diversas vantagens sobre o formato tradicional.

No “wet rental” (modelo tradicional), o aluno paga o valor integral da hora de voo à instituição, e esta, por sua vez, paga suas despesas, apurando o lucro. Parte do custo da operação não requer desembolso imediato (por exemplo: as revisões da aeronave, que acontecem de tempos em tempos), e parte requer. Nesta última categoria, a parte mais sensível é o combustível, não só pela sua relevância – sozinho, representa cerca de 1/3 do valor total da hora de voo –, mas também pela volatilidade: hoje o Brasil importa todo o Avgas consumido no país, o que faz com que o valor da Avgas sofra aumentos inesperados ao longo do tempo, imprevisíveis para os dirigentes das instituições.

Vantagens

Daí surge a primeira vantagem da “hora seca”: como ela traz maior segurança para quem vende as horas de voo, é possível oferecer condições mais vantajosas para quem as compra (os alunos) – na prática, isso pode se traduzir em descontos ou em prazos de pagamento mais dilatados.

Outra vantagem que tem impacto direto no preço é a questão tributária, uma vez que no modelo tradicional, a instituição paga seus impostos sobre uma base maior do que no esquema de “hora seca”, uma vez que inclui o valor do combustível, conforme o exemplo abaixo (os valores e percentuais são meramente ilustrativos):

Modelo tradicional:

Valor pago pela hora de voo: $450

(-) Impostos sobre o faturamento (20%): $90 (A)

(-) Custo do combustível pago pela escola: $150

(=) Margem da escola (receita – impostos e combustível): $210

Modelo de “hora seca”:

Valor pago pela hora de voo: $300

(-) Impostos sobre o faturamento (20%): $60 (B)

(-) Custo do combustível pago pela escola: $0 (os $100 são pagos à parte pelo aluno)

(=) Margem da escola (receita – impostos e combustível): $240

Economia

Como há uma economia de $30 no modelo de “hora seca” (A – B), o aumento da margem da instituição pode se converter em desconto ao aluno. Na verdade, se a vantagem tributária fosse integralmente repassada ao preço (que seria, então, de $420 – $270 para a escola e $100 para o revendedor de Avgas), os impostos ficariam ainda menores, já que a base de cálculo teria se reduzido. No exemplo acima, os impostos cairiam para $54 (20% x $270) – ou seja: mais $6 seriam economizados em impostos por hora.

Além disso, a “hora seca” é mais justa, pois o voo que gasta menos combustível (por exemplo: um voo de navegação, que permite o empobrecimento da mistura) sai mais em conta do que o voo que consome mais Avgas, como os TGLs feitos com mistura rica o tempo todo. E a eventual desvantagem do modelo, que seria o menor poder de barganha do aluno sozinho para comprar o combustível é anulada pelo fato de a escola repassar os preços da negociação em grande volume para os alunos.

Expansão do novo modelo

Acreditamos que este novo modelo de comercialização de pacotes de horas de voo de instrução sem o valor do combustível incluso, a “hora seca”, deva se expandir bastante no mercado brasileiro e, talvez, tornar-se o mais comum no médio prazo. Há outras aplicações para o modelo, como uma curiosa situação: como o aluno não investe de início o valor do combustível, ele pode passar a controlar sua formação de forma a conseguir pagar o valor do combustível que, no modelo “wet rental” tem que ser imobilizado todo de uma vez na compra do pacote, de forma diluída pago a cada voo, no cartão de crédito ou outra forma de pagamento combinada diretamente com o revendedor ou, até mesmo, se unirem para uma compra maior de combustível e, assim, conseguindo poder de compra e uma possível diminuição de preço para seu treinamento. Isto pode facilitar as condições para aqueles que não possuem todo o valor para o pagamento do curso, pois poderão pagar pelo combustível de forma parcelada a cada voo realizado.

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Hora seca

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